Num mundo tão ligado a aspectos visuais quanto o nosso, nem sempre nos damos conta da quantidade e riqueza de estímulos de outras variantes sensoriais a que somos expostos. Entretanto, não podemos ignorar a influência e o poder que esses outros estímulos têm de nos afetar, mesmo sem percebermos. A temperatura do ambiente, sons, gostos e até mesmo a percepção do aroma, influenciam nossas preferências e têm um impacto muito grande em nossa tomada de decisão.
Respirar, por exemplo, é um movimento tão natural e involuntário, que mal podemos imaginar tudo o que ocorre em nosso organismo no pequeno intervalo entre uma inalação e outra.
De um ato instintivo à complexidade das estruturas fisiológicas do corpo humano, podemos tentar compreender como funciona a percepção do aroma, o que por sua vez, certamente, nos conduz ao entendimento da ação terapêutica dos óleos essenciais.
Você sabia que o corpo humano possui receptores olfativos em todas as suas células?
Estes receptores, quando ativados, induzem impulsos nervosos, que irão direcionar informações sobre o odor inalado até o cérebro. Em outras palavras, é por intermédio das múltiplas conexões e intermediações realizadas entre o cérebro e as outras áreas do organismo, que um aroma é capaz de influenciar diferentes sistemas orgânicos como o sistema digestivo, nervoso, endócrino, imunológico, respiratório, dentre outros.
A percepção do aroma ocorre graças ao epitélio olfatório, ou seja, uma região localizada na parte superior das cavidades nasais. É nesse epitélio que encontramos células sensoriais especializadas chamadas de quimiorreceptores. Elas são caracterizadas por possuírem prolongamentos que ficam mergulhados no muco, são os chamados cílios olfatórios.
As moléculas odoríferas dispersas no ar são capazes de estimular esses cílios. Elas gerarão um impulso nervoso que chegará até o bulbo olfatório, ou seja, área do cérebro que é responsável por receber a mensagem e enviá-la para outras regiões do cérebro onde a mensagem será interpretada.
Identificar e perceber sensorialmente um aroma é possível graças a interação entre elementos internos do nariz e do sistema nervoso central (SNC).
Contudo, muito além da assimilação de um estímulo odorífero, a percepção de um aroma transcende o intelecto envolvendo emoção, memória e principalmente agindo sobre o nível subconsciente.
Os nervos olfativos estão ainda diretamente ligados à parte mais primitiva do cérebro: o sistema límbico. Responsável por controlar comportamentos ligados à nossa sobrevivência, o sistema límbico é também a unidade responsável pelas nossas emoções. Este certamente é um dos motivos pelo qual os óleos essenciais podem atuar de forma tão positiva no campo psicoemocional.
Para que possa ser captado aromaticamente uma substância deve possuir três características conjuntas. São elas:
VOLATILIDADE: em outras palavras, a capacidade de se tornar vapor ou gás a temperatura e pressão ambientes;
HIDROSSOLUBILIDADE: ou seja, confere a capacidade de se solubilizar na mucosa nasal;
LIPOSSOLUBILIDADE: que lhe confere a capacidade de interação com o neurônio olfativo.
Em síntese, ao ser inalado o aroma de um óleo essencial penetra as nossas fossas nasais, dissolve-se na mucosa e sensibiliza os cílios dos neurônios olfativos.
Após serem inaladas, as moléculas do óleo essencial vão diretamente para o sistema límbico do nosso cérebro, ou seja, a área que controla o nosso batimento cardíaco, a pressão sanguínea, a respiração, a memória, os níveis de stress e o balanceamento dos hormônios. Os efeitos físicos e psicológicos começam a ser sentidos em média 22 segundos depois da inalação, é muito rápido.
Portanto, quando falamos em inalação precisamos pensar que as propriedades desses óleos chegarão diretamente ao nosso sistema nervoso central o qual irá processar as informações e enviar sinais para todas as partes do corpo o quais irão executar as informações recebidas.
Por exemplo, em um processo infeccioso, utilizamos a inalação de óleo de limão e tea tree, o cérebro receberá a informação para ativar a resposta imune do corpo ativando as células de defesa (glóbulos brancos principalmente) as quais se encaminharão para o local da infecção combatendo a mesma e restaurando a saúde do corpo. Há estudos que comprovam que alguns componentes dos óleos essenciais permanecem no organismo por até 5 dias.
O corpo humano é mesmo surpreendente, não é verdade? Você conseguiria imaginar uma pequena molécula aromática percorrendo todo esse complexo caminho?
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