O uso de óleos essenciais durante a gravidez é um tema controverso e que ainda não foi totalmente compreendido. A principal preocupação durante a gravidez parece ser o risco dos constituintes do óleo essencial atravessarem a placenta. Cruzar a placenta não significa necessariamente que haja risco de toxicidade para o feto; isso dependerá da toxicidade e da concentração plasmática do composto. É provável que os metabólitos de óleo essencial atravessem a placenta devido ao contato íntimo (mas não direto) entre o sangue materno e o embrionário, ou fetal.
A atitude responsável é desencorajar completamente o uso de óleos essenciais durante o primeiro trimestre da gravidez. Contudo, é extremamente improvável que um banho noturno contendo algumas gotas de óleos essenciais causará problemas para o bebê. Não há registros de fetos anormais ou fetos abortados devido ao uso “normal” de óleos essenciais, quer por inalação ou por aplicação tópica.
A toxicidade durante a gravidez é quase exclusivamente devido a mulheres grávidas que tomam grandes doses tóxicas de óleos essenciais, principalmente o Poejo e Semente de Salsa na tentativa de abortar o feto.
O uso criterioso de óleos essenciais, juntamente com formas adequadas de massagem por um terapeuta hábil, pode ajudar a aliviar os desconfortos da gravidez e proporcionar um senso de nutrição que irá confortar a mãe em momentos em que ela pode estar se sentindo muito frágil.
Devido à falta de informações claras sobre a toxicidade dos óleos essenciais durante a gravidez, seria melhor aderir às diretrizes gerais de segurança.
São elas:
1º Trimestre de Gravidez
Se possível evitar o uso de óleos essenciais. Mas caso haja necessidade, a inalação dos óleos essenciais de limão siciliano ou bergamota, podem ser utilizados para melhorar sintomas de enjoo, muito comuns nessa fase da gravidez. Além de diminuir a retenção de líquidos, dores (principalmente lombares) e constipação. No campo emocional, diminui a ansiedade, traz otimismo, alegria e autoconfiança.
2º e 3º Trimestre de Gravidez
- Não ingerir nenhum óleo essencial.
- Não escolher óleos essenciais que possam trazer risco tanto para a gestante, quanto para o feto, como os que contêm cetonas, ou óxidos, ou ricos em cânfora, anetol ou componentes semelhantes ao estrogênio, como por exemplo, poejo, anis estrelado, funcho doce, sálvia, alecrim.
- Privilegiar locais de aplicação tópica distantes da cintura abdominal. Aplicar por exemplo no alto das costas, tórax, pernas, rosto e pulsos.
- Sempre diluir os óleos essenciais a uma concentração máxima de 1% em óleo vegetal carreador.
- Evitar, evidentemente, os óleos essenciais cáusticos e irritativos, como cravo, canela, orégano, tomilho, capim limão, citronela.
- A posologia nunca ultrapassará 3 ou 4 vezes por dia, com duração jamais superior a 7 dias.
Como usar os óleos essenciais na gravidez?
Estrias e celulite, peso nas pernas e retenção hídrica: experimente os óleos de grapefruit, laranja-doce, olíbano, rosa, lavanda, camomila misturados ao óleo de semente de uva ou de amêndoas doces, para massagear a pele da barriga e das pernas. A massagem e hidratação dessas áreas ajudará a melhoria da circulação linfática e sanguínea, permitindo que a pele se recomponha mais rapidamente após o parto e, evitando o rompimento de fibras que originam as estrias.
Ansiedade, dificuldade de relaxar ou adormecer: use uma mistura de óleos de lavanda, rosa, limão siciliano e bergamota, no seu óleo de massagem habitual caso você esteja com dificuldades para se acalmar, conciliar no sono ou relaxar.
Outros óleos essenciais eficazes para diminuir a ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar, com toxicidade baixa para se utilizar na gestação incluem a Laranja (Citrus sinensis), Grapefruit (Citrus paradisi), Mandarina (Citrus reticulata), Néroli (Citrus aurantium), Espruce (Tsuga canadensis), Abeto (Abies alba), Cipreste (Cupressus sempervirens), Ylang-ylang (Cananga odorata), Olíbano (Boswellia sp.), Gerânio (Pelargonium graveolens), Camomila Romana (Anthemis nobilis), Camomila Alemã (Matricaria recutita), Jasmin (Jasminum sambac) e Sândalo (Santalum album). Todos eles via inalação ou via massagem com óleo carreador na concentração de 1%.
Enjôos, vômitos, azia, má digestão: inale o óleo essencial de limão siciliano.
Não há motivos para restringir os óleos essenciais menos tóxicos na gravidez, com parcimônia e doses baixas a moderadas, não há risco para o feto. De qualquer maneira, óleos essenciais ricos em cânfora como Alecrim QT 1 (Rosmarinus officinalis var. canforiferum), Cânfora (Cinnamomum camphora) e Lavanda Spike (Lavandula latifolia) devem ser evitados. Evitar também óleos ricos em componentes semelhantes ao estrógeno como é o caso do esclareol na Sálvia esclaréia (Salvia sclarea), e o anetol presente nos óleos essenciais de Erva-doce (Pimpinella anisum), Funcho-doce (Foeniculum vulgare) e Anis estrelado (Illicium verum).
Atenção: tomar cuidado com os óleos essenciais cítricos via massagem e exposição ao sol, pois podem causar manchas na pele. Utilizar nesse caso apenas os que são Livres de Furano Cumarinas (LFC).
De acordo com as diretrizes da Federação Internacional de Aromaterapeutas Profissionais 1% é a concentração máxima de óleo essencial para ser utilizada em mulheres grávidas.
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